quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"Coimbrinhas" cachando no Natal


Os exmágalos Salomé, Rita e Carlitos com o intuito de queimarem as calorias ingeridas nesta época natalícia, foram em busca de novas caches na sua terra natal.
O sol daquele dia já ia alto e o frio de final de tarde começava a apertar, no entanto, o entusiasmo de encontrar novas caches deu ânimo suficiente aos exmágalos para, numa zona da cidade com vistas privilegiadas, darem início à "cachada".
A primeira, intitulada "Labirinto de Pedro e Inês", cujo GZ apontava para junto de um recente monumento conimbricense, revelou-se um verdadeiro quebra-cabeças e um teste à paciência. «1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, direita, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, esquerda, 1, 2, 3... ai que já me enganei! 1, 2, 3, 4...» Enquanto um andava neste conta e reconta, os outros (ou melhor dito, as outras) procuravam em todos os cantos e buracos onde a cache pudesse estar escondida. Andava o primeiro ainda a contar os azulejos, quando surge o alerta de "cache encontrada" num local bem disfarçado. Uma vez efetuado o registo na cache e recolocada no seu local, era hora de, sem demoras, irem procurar outra naquelas redondezas. Decidiram-se pela cache da "Quinta das Lágrimas" ali bem próximo. O caminho fez-se facilmente pelos jardins do hotel mas, inesperadamente, encontraram uma barreira à sua passagem que, no entanto, foi rapidamente transposta com a cobrança de uma entrada de €2,00 a cada exmágalo. Percorridos alguns metros dão de caras com a "Fonte dos Amores" e mais adiante com a "Fonte das Lágrimas", dois locais míticos da lendária história de Pedro e Inês. Mais alguns metros percorridos por caminhos labirínticos no meio do arvoredo e lá encontraram a cache onde, a propósito do tema do local, deixaram como objecto de troca um coração vermelho. O regresso ao calor dos respectivos lares foi feito já ao lusco-fusco mas ainda houve tempo para uma última admiração ao belo anfiteatro "Colina de Camões" ali junto às lendárias fontes.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

De novo no km 23 nas Aldeias Serranas da Lousã


«Km 23». Mais um dia em passeio pelo percurso com este nome idealizado pelo exmágalos, que percorre algumas das aldeias serranas da Lousã, e que este ano incluiu ainda a manutenção da cache colocada pelo grupo na aldeia de Catarredor.
A primeira e fugaz paragem, embora técnica para reforço de alguns alforges, foi na aldeia do Candal. Depois, já no km 23 da EN236, e debaixo de um céu que anunciava chuva a qualquer momento, deu-se início ao percurso pedestre de cerca de 8 km.
O trilho segue por entre a vegetação, por vezes bastante densa, onde os tons outonais sobressaem. O primeiro obstáculo à passagem do grupo foi constituído pela travessia de um “caudaloso” riacho que pôs à prova o equilibrismo de uns e a audácia de outros. O percurso decorreu sem mais sobressaltos sobre um denso manto de folhas caídas até à aldeia de Catarredor. O casario de xisto e as ruas estreitas e aparentemente abandonadas levaram-nos, por momentos, ao contacto com as gentes que ali habitam num misto de fantasia e desprendimento quase total. A cache escondida nas redondezas no ano anterior merecia uma manutenção mas, dado o acesso ao local se ter degradado, optaram por recolocá-la em zona próxima. Entretanto a ameaça de chuva concretizou-se pelo que o percurso seguinte até à aldeia de Vaqueirinho foi feito debaixo de alguma chuva que, no entanto, não esmoreceu o grupo. Aliás, o olhar cabisbaixo proporcionado pela precipitação deu ainda a oportunidade de poderem observar alguns singulares fungos bem como fotografarem aspectos de natureza morta que, pela sua rara beleza, davam “vida” ao trilho. O ponto alto seguinte foi o declive acentuado e escorregadio junto a um conjunto de seculares castanheiros onde, desta vez, pouco havia para colher. Antes de chegarem à aldeia do Talasnal, o grupo teve ainda uma prova de arriscado equilibrismo na transposição de uma escorregadia “muralha” feita de pedra. A visita a esta aldeia ficou marcada pela habitual passagem pelo restaurante “Ti Lena”, onde puderam recuperar forças e aquecer-se um pouco ao calor da lareira acesa. A passagem seguinte pelo bar “O Curral” mostrou-se igualmente reconfortante quer pelo ambiente decorativo quer pelos licores e demais líquidos, mais ou menos graduados, que ali foram servidos. Os saborosos “Talasnicos”, pequenos bolos tradicionais feitos à base de castanha, mel e amêndoa, também marcaram presença.
E porque se fazia tarde e a noite ameaçava cair, a descida até ao complexo da Nossa Senhora da Piedade foi feita já em passo apressado, apenas com uma breve paragem junto à Central Hidroeléctrica da Ermida para captar as cores vivas de algumas flores que nos canteiros despontavam.
O dia terminou no restaurante “O Burgo” onde, por entre saborosos petiscos e comida regional, foram fortalecidos os laços de amizade e relatado, aos restantes amigos que entretanto se tinham juntado, alguns dos episódios desse dia. Ficaram para a história, e em algumas partes do corpo, outras tantas quedas já habituais neste tipo de terreno e neste grupo de exmágalos.