segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

No cume da Estremadura


O ponto de encontro era a casa abrigo "Casa da Serra", junto ao acesso à Serra de Montejunto desde a povoação de Vila Verde de Francos. Não foi fácil dar com o sítio e quando os exmágalos Ritinha e Carlitos finalmente encontraram o local, o grupo organizador do passeio pedestre SAL já se encontrava prestes a dar o "tiro de partida". A fantástica vista que se vislumbrava daquele local, deixava antever o que seria um percurso algo difícil mas de paisagens deslumbrantes.
O cenário inicial do percurso de cerca de 15 km era constituído pelos campos verdejantes das lezírias do Tejo e por um alinhamento montanhoso, encimados por ancestrais moinhos de vento que conviviam serenamente com modernos aerogeradores. A caminhada, que começou a meia encosta, passou rapidamente para uma subida bastante íngreme e em corta-mato até se atingir um amplo planalto, onde o grupo aproveitou para descansar do esforço.
O percurso continuou já num cenário diferente, ladeado por imponente arvoredo, até à chegada à Real Fábrica de Gelo. Seguiu-se uma visita guiada ao recinto onde se fabricou gelo, entre meados do séc. XVIII e finais do séc. XIX, para deleite da corte do Rei em Lisboa. Este complexo fabril destinava-se sobretudo a colmatar as falhas observadas nos fornecimentos vindos da Serra da Estrela e da Lousã, de onde eram transportados o mais rápido possível, durante a noite, em carroças e por barco.
Após a sandocha a servir de almoço, o caminho continuou por entre frondosas árvores que, no entanto, rapidamente deram lugar a um cenário de trilhos mais despidos, tendo desta vez lá em cima como horizonte o Observatório astronómico e as antenas do emissor de Montejunto. Este seria aliás o destino seguinte, após nova penosa ascensão até ao cume da serra com 666m de altitude. Depois de um breve descanso e contemplação da fantástica paisagem circundante, o grupo teve direito a um enquadramento histórico das ruínas do Convento da Ordem de S. Domingos, da Capela da N. Sra das Neves e do inacabado Convento da Reforma de Montejunto.
Deu-se início à descida por entre arvoredo rasteiro e algum cascalho, percorrendo um trilho naturalmente sulcado pelo meio de um vale verdejante.
Terminado o percurso pedestre, os exmágalos subiram de novo ao cimo da serra, desta vez no cachemobile, para encontrar uma cache, agora sem muggles por perto, bem junto às antenas do emissor.
Por que o sol se escondia escarlate no horizonte, houve tempo ainda para uns momentos de idílica contemplação desde o cimo do miradouro natural mais alto da Estremadura.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Viagem no tempo à 1ª cache encontrada


Por que não havia registo desse mítico dia 22-Fev-2009 (ainda este blogue não tinha visto a luz do dia) em que um grupo de amigos se iniciou na actividade do geocaching, faz-se agora uma rápida viagem no tempo para que fique gravado para todo o sempre, se não nas nossas memórias, pelo menos aqui na globosfera.
Nesse fim de semana, o grupo, que um pouco mais tarde se haveria de auto-denominar de exmágalos, programou realizar mais uns habituais passeios pedestres mas, deste vez, com um aliciante adicional que era participar num jogo e descobrir umas caixas escondidas por outras pessoas.
A deslocação foi à Serra da Freita, Arouca. Foi mais uma oportunidade de caminharem numa região de Portugal com óptimas paisagens e percursos pedestres bem cuidados e assinalados.
No primeiro dia percorreram o PR15, denominado "Viagem à Pré-História", cujos pontos altos foi a passagem quase despercebida pelos restos das Antas do Monte Calvo, a presença sempre constante no horizonte dos aerogeradores do Parque Eólico da Freita, bem como observar esse fenómeno geológico raro a nível mundial que são as pedras parideiras.
Após um belo jantar e uma noite bem descansada no Parque de Campismo do Merujal, o segundo dia foi passado a percorrer o PR7, denominado "Caminhada Exótica", com uma incursão inicial à base da cascata da Frecha da Mizarela com o intuito de aí procurar a primeira cache que, no entanto, teimou em não aparecer. O percurso revelou-se bastante acidentado e por vezes um pouco mais exigente para algumas pernas mais curtas... Desta vez foi a bela e imponente cascata que preencheu uma boa parte do horizonte, sendo de realçar uma ou outra transposição mais difícil do terreno que culminou num banho de pés retemperador nas águas frias do rio Caima. O dia foi finalizado com a proveitosa passagem pelo Monte São Pedro Velho (1077m) onde, desta vez, conseguiram facilmente descobrir a primeira cache dos exmágalos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"Navegando" no Mar da Palha


Foi em dia de vento forte e gélido mas soalheiro que os exmágalos Ritinha e Carlitos foram "navegar" para as latitudes do Mar da Palha junto ao Montijo.
Fizeram uma primeira paragem para observarem, desde Alcochete, as belas paisagens proporcionadas pelos sapais que integram a Reserva Natural do Estuário do Tejo.
Já no Montijo, a bela praia fluvial do Samouco foi a paragem seguinte para procurar uma cache. Infelizmente não ficou registada na contabilidade de caches dos exmágalos pois a sua busca foi dificultada pelos muggles à volta, em preparativos das artes da pesca. No entanto, a primeira cache do dia deu a conhecer aos exmágalos o Moinho de Vento do Esteval, exemplar emblemático do séc. XIX reconstruído há cerca de 10 anos, fazendo parte do espólio do Museu Municipal do Montijo. Após algumas "voltas" e descoberta a tal diferença, a tão esperada cache lá apareceu.
A cache seguinte levou os exmágalos ao Terminal Fluvial do Seixalinho. Como àquela hora não havia barco para apanhar foram rápidos a dar com a cache, e porque o vento frio teimava em penetrar nos ossos, o log foi já feito no interior do cachemobil.
Já no concelho da Moita, a terceira cache trouxe o ponto alto do dia, proporcionando uma bela caminhada ao longo da praia fluvial do Rosário, de onde se podia contemplar uma enorme área do estuário do Tejo, desde Lisboa, Montijo e Barreiro com o que resta do seu imponente passado industrial. A cache foi facilmente "apanhada" juntamente com algumas conchas que os exmágalos trouxeram para casa e que serviu de disfarce para alguns muggles que passeavam no areal.
Ainda com alguma luz do dia, na passagem por Alhos Vedros, tiveram ainda tempo de tentar encontrar mais uma cache localizada no denominado Parque das Salinas, onde outrora se extraía este precioso condimento. No entanto, pese embora estivessem no GZ (Ground Zero) correcto, a cache não apareceu. Souberam mais tarde que ela esteve "de baixo" das suas mãos mas devido à sua bem conseguida "camuflagem" desta vez ficou registada como "not found". Ficou assim como aperitivo para uma próxima ida àquelas bandas do Tejo.